Léo Daniel

Amar é servir. Servir é ser livre para Amar.

Textos

FREUD FLINTSTONE

“direi ouvir estrelas”
Para Nando Reis e Humberto Gessinger


Diante de todos estes anos - que passavam no momento em que eu nascia e, também morria, a paz me faltou em ótimo disfarce, mesmo assim eu via o óbvio em todo detalhe, com muito medo e sentindo a harmonia de OD pude sim me libertar e responder ao convite sideral - bem de perto – bem de perto é que se atravessa a ponte, para aquele que um dia andou aqui entre nós, e não fora embora, na verdade nunca foi. Ele sempre esteve aqui e eu escrevo é em fibra ótica para anos luz daqui, ainda restar meus sonhos em livros de história, então eu escrevo é em forma de opróbrio porque eu sinto que eu sou - mais e mais aprendiz. Não, não sou os fantasmas em meus pesadelos. Quando recobro daquele testemunho de dor, recobro também em justiça e autoridade que foi a mim delegada por ser minha caligrafia um milagre. Mil palavras distorcem o sentido e o papel fora rasgado de propósito, porque um propósito é equanimidade de sinonímias, e assim sem a chave etimológica, o mundo se afunda em discórdia. A paz. A vida. A paz não precisa de ferida, e, a vida não há sem paz. Por isso eu entendo Freud Flintstone. E sei quem vejo no espelho não sou eu. Tudo que era para acertar o alvo em cheio nós fizemos um corta luz. Tudo que era para ser uma linda aurora boreal, sem ninguém para assistir, ‘hei mãe’, estamos todos aqui. O que era para ser um alfabeto inteiro de incertezas, palavras engasgadas na laringe divina, veio a mim a tosse que liberta e entra na minha vitrine daquela viagem, o fim do Bem e do Mal. Enquanto que ela daqui uns meses estaria em Paris. Períodos longos de ausência são dados a nós com látego da saudade, assim quanto mais saudade, menos saúde. E quanto mais bater forte e sem sentido o coração, mais se provará que a distância não separa os bólidos tão intrínsecos e intensos, cuja chama se chama: PAIXÃO.
A vida está cheia de caminhos... não há um só caminho... há um caminho só. Solitário. Não há jornada que não se estenda até a madrugada e assim de olhos vermelhos vemos no fogo que crepita em nossa cripta singular. Assombro fantástico. Não espero que eu vá ser compreendido. O que eu escrevo é para poucos; Fã Clube Freud Flintstone. Sempre telegrafo o que vou fazer, na medida exata da maneira calculada do que você fizer... do que irá pensar... conheço seus sonhos pelo desejo do seu olhar, se lembra quando iam a Anápolis? E lá enquanto ela lecionava você se escondia em teu carrossel celestial? Sempre soube disfarçar seus sonhos, sempre soube fazer agora o que era para ser deixado de lado. Deixado para depois. Agora já refazer você não gosta, mas gosta de tatear o invisível ao invés perder o permanganato de potássio num gesto polvoroso. A vida sofre calada enquanto eu ainda não posso matar os feácios. Afinal qual era a regra que diz: - “Não matará os feácios!”. Matá-los é um ato nobre em legítima defesa da vida, prova indelével de que nesta vida o amor é amoral: ”quem tem o mel dá o mel, quem tem o fel dá o fel, quem nada tem nada dá”. Zé Ramalho. E eu dou o AMOR.

Leonardo Daniel
leodanielrb@yahoo.com.br
21/09/2013
Leonardo Daniel
Enviado por Leonardo Daniel em 18/10/2020


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras