Léo Daniel

Amar é servir. Servir é ser livre para Amar.

Textos

Insultos no salão


Quando de fato vivemos na soleira do pensamento? Quando de fato somos capazes de sermos instrumentos? A vida é assim, muitos bons – alguns ruins. E de todos os pássaros que de fato pude ver aterrissarem no porta-aviões daquele grande coração, um em especial chamou mais a atenção. Ser poeta não é uma regressão vinda do profeta e sua profecia. O profeta tem uma sina que antes da loucura total – ele é salvo pela poesia. Um poeta é, portanto mais que um profeta que tem politicamente o mesmo a dizer. Já o poeta cria realidades, com amor e com vontade. O profeta está ocupado demais com sua missão e seu dizer, e, ele quase é morto por ser 100% politicamente correto, e nisso consiste sua psicose, nisto reside o golpe no crivo da censura.
Nisso consiste sua loucura, a correção do homem pelo peso da mão de Deus. Já que Deus não bate, nem apanha. Deus deixa como sortilégio santo, o salão onde fazemos a dança de nossas escolhas. Cada escolha tem sua própria melodia, cada melodia tem sua própria letra, na qual fica claro ao Criador o verdadeiro valor do sentido vindo do nosso coração. Algumas são manchadas, a mácula vem de manchas vermelhas que multarão a rigor o crime e a morte que pede por punição de um destino sempre em comum. E os homens punem a si mesmos com rigor e no ritmo frenético de banharem o horizonte com mais sangue. Enquanto isso segue com sorte de um viés macabro todos aqueles sonhos que na real eram pesados. Elos pesados demais: pesadelos. Um chute no destino. Longe da paz e do amor para que haja sim um self do Senhor, paradas agudas se oferecem apenas para aumentar o luto gestor e os gestos de agonia. Sim já morri. Sim já fui preso. E a cada consenso do dissenso do pó, pode um gorila vir-a-ser como o último super sayajin. Mas é tão difícil a convivência com Belzebu: ainda em metamorfose. E a festa no céu é pra ele. Descomplicado e fatal. Como o medo. Como o metal. Então eles sofrem pela distorção. E sofrem pelo acaso que põe lado a lado a gente que se insulta sempre presas na malicia e na cratera condenada que tanto abusa de retornos mitológicos (mágicos) que vão na quase vã verdade...  embora o que tem de bonito pode estar perdido com a segunda descarga, o amor em ligação direta.
Ou seria pedir demais por apenas um pouco de paz, e, assim o discurso que distorce o sabor das horas é vencido por sabermos que o tempo desperdiçado mata também o passado. E mesmo olhando adiante não temos o orgulho dos sonhos que morreram, nas mãos de um futuro visitante/distante/noturno. Porque não há consideração para um sonho mantido por mentiras. E não há mentiras que suportam a voltagem do amor. Portanto perca a clave, porque sua covardia infelizmente só começou. Só começou o impasse e o desastre que me leva a reinar no lado escuro da Lua, enquanto que você é só um fantoche de egos em suas poses. E dos seus insultos naquele salão, eu viro o rosto, pois gigante massacra formigas. No fundo, tenho pena e te dou mais um pouco de açúcar, mas será que você não vai querer sal. Quando que do teu trabalho verá estrelas te indicando o caminho das pedras? E quando que você não vê... é certo que o pior pode evitar?
Sete pedras me deram o dom de escrever sem pensar, sete pedras que têm pressa me deram o dom de rezar. De desfalque e incensos vou adiante e para o nocaute, levo um lenço, golpe preciso: é preciso amar você, Band-Aid freando a memória muscular, força e decisão para não parar, para que a vida não continue assim como está. Preciso visitar meu amigo Gigantesco.
Leonardo Daniel
Enviado por Leonardo Daniel em 18/07/2020


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