A Caridade
O sonho e o sorriso se despedem em desespero porque pedem, por esteroides anabolizantes que brilham o brilho falso de uma estrela carente, quando na verdade só a sopa adianta. Adiantaria. O fato é que sem amor somos tolos metalúrgicos do acaso, presos a um destino comum de sarjeta e desrespeito, isso porque o calor é um colar que você não vê. E de toque em toque, a vida pede esmolas por esporte... e esse livro não é sobre isso, tenho outro olhar sobre a atual caridade, e sua necessidade, pois sua necessidade não era para ser urgente, na verdade era para ser uma opção e não a única escolha, e se é a única escolha não há escolha, e isso sim eu respeito, já que não se torna o processo existencial tão deprimente. Uma vez que essa caridade envolve muitas falsas verdades, às vezes ela vem do medo. Medo do inferno. Medo do julgamento alheio. Da mão de Deus. E medo da indecisão. E não é esse o caminho. Mas a indigência deve ser coberta com um tipo de seguridade social, tal como é na Alemanha. E as sopas dos caridosos é só um tipo de remorso. Um lugar que não escapa do porão. Mas mesmo assim é ainda o melhor que temos. Mesmo não escapando daquele desejo de evolução. E assim dizendo não a um enigma digno de oferta em estado de graça. Digno de compreender o Karma e ir além da aflição. Digno de um reset. Para recomeçar de novo. Mas ainda sim esses caridosos são além de tudo os mais pertos do amor. Já que temos tantas religiões apenas caça níquel. Quando precisamos ir além desse materialismo espiritual. Falsos profetas cujas ofertas são só ouro. O sonho vira pó, porque a busca é pequena o Ser não se alimenta de revistas. O Ser se alimenta da revisão. É tátil e até compreensivo que você não queira mais este abrigo, mas vá com calma aí meu irmão sua hora ainda não chegou e vai demorar um pouco mais do que deveria. Vai com calma compadre, a viva é pouca e adversa e quando se tem muita, muita pressa, ela é inútil. Assim e ainda de que vale diamantes, se na alma estão superados e separados os amantes? De que vale para o espírito o refrigério se você não é mais capaz de sofrer? É vago o que eu penso e sei evitar. Mas o trabalho que suponho ser hercúleo é meu refrigério... O descaso para com os necessitados esfria a serpente... serpente que faz a gente se tornar gente – ser há fogo e calor. E tudo mais vem por mérito do olhar e mais e mais neon no coração. Tá certo de que sempre é pouco, mas de um pouco necessário, melhor que nada – creio que visitarei meu amigo GIGANTESCO na segunda e no sábado. Não sei mais se devo, mas este é o meu capitulo derradeiro, não o fiz por dinheiro (assim como tudo que escrevo) entretanto fiz este livro pela mesma razão dos demais, pelo direito de dizer o que sei, e, por saber quem eu sou, claro que não escrevo para as gavetas quero comunicação, então vou campear isto como uma conquista no dia a dia e não como uma descoberta alotrópica feita à revelia da minha iniciação. texto do meu livro: "O Poeta e o Gigante"
Leonardo Daniel
Enviado por Leonardo Daniel em 18/07/2020
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