Léo Daniel

Amar é servir. Servir é ser livre para Amar.

Textos

Escrevendo histórias
JORNAL “O IMPARCIAL – ARARAQUARA/SP”
COLUNA “O CONTADOR DE HISTÓRIAS”
COLUNA 11 (TEXTO 3 FEVEREIRO DE 2005)
LEONARDO DANIEL RIBEIRO BORGES


Escrevendo histórias

Saudações amáveis! Vocês já se perguntaram por que se escrevem histórias? As histórias são entidades vivas, que habitam outra dimensão dentro do coração do homem, as histórias se fazem da vontade de se dizer, dizer o que há pra ser dito, dizer o indizível...
Escrevendo histórias o homem vence a demora em se auto-conhecer, o homem se valendo das histórias traz pra si o melhor do que há para compartilhar, ou seja, ele traz ele mesmo, aquilo que é seu ser que se manifesta desde tempos imemoriais, ansioso por respirar pelos poros das palavras, ansioso em existir. E assim como o ser as histórias existem, antes, porém elas são... E que bom que seja assim, pois cada por do Sol é único e único também são os olhos tocados por ele, cada história é única e em suma viemos ao mundo para que nossa história possa brilhar e ser Sol também.
Vocês já escreveram uma história? Dessas escritas com lápis de luz... Na beira da estrada um garoto contava as estrelas do céu, foi quando pra sua surpresa pode ver que uma estrela caía, espantado pelo assombro e cheio de alegria, viu a luz cortando o universo, percebeu então que poderia fazer um pedido que seria realizado. O pedido foi feito, o tempo passou e o garoto já era senhor. Clamando por ter vivido tanto tempo sem que o pedido se realizasse, fecha os olhos pra vida e os abre para a eternidade, no outro mundo o encontro acontece, morto o garoto se percebe e então decide buscar explicação junto às estrelas para saber porque seu pedido não fora realizado. Ele pediu que o homem fosse ao espaço, pudesse estar com as estrelas, foi então que se deu conta: o pedido já aconteceu estava ele de fato do lado de Deus...
Assim é que ocorre com as histórias que escrevemos a cada dia no livro da vida, é assim com o escritor que vê a beleza do mundo e maravilhado traz de si o que de belo pediu para nascer, que de belo ordenou a ser. Com impulsos íntimos tão secretos quanto os raios do Sol da meia noite, tão misteriosos quanto o rastro de uma estrela cadente, o escritor lança a sua sorte, faz o pedido que tanto sonhara: levar a humanidade para a luz, o tempo passa sua obra está feita e a humanidade contínua cega aos desígnios de Deus, só morto ele encontra o consolo, e morrendo em si mesmo num instante de mística magia, o escritor se descobre vivo estando morto, assim ele pode ir ao encontro da palavra o pedido feito por toda vida está atendido.
“É de sonho e de pó o destino um só”.
Sonhem imagens de pura vida, que essa clareza se levantará sobre o pó, e de tantas palavras e letras tenham uma única certeza o amor é o des-tino de todos, pois é o único capaz de mesmo sem tino encher a vida de sentido e razão. O amor não tem explicação, escrever histórias também não...



Leonardo Daniel Ribeiro Borges*
leodanielrb@yahoo.com.br
*Leonardo é poeta, professor, contador de histórias.



Leonardo Daniel
Enviado por Leonardo Daniel em 30/04/2020


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras