Léo Daniel

Amar é servir. Servir é ser livre para Amar.

Textos

MEDO DE BRINCAR - Frutos do Éden
MEDO DE BRINCAR


“A necessidade de uma explicação não garante sua existência.”

Humberto Gessinger


O medo de brincar é pó em escala musical. O medo de brincar é tomar do próprio leite na manhã que nasce e assim com o cálice corrompido não se sentir mal.
E na frente do fronte os corajosos vampiros. Estes seres desejaram suas mães, e apavorados de susto tomaram do falo másculo, sua máscula decisão. De fugirem do útero. Misoginia. Ódio mortal às mulheres. Elas são as mais machistas, os vampiros sabem disso e precisam se defender. Quem é são e salvo da roda do Sansara? Os delicados vampiros desejaram suas irmãs, então fugiram do ninho com seus primos. Luxúria a quem mais castigar?


Laio você foi um lacaio.
Mas não lhe culpo, pois já me ceguei.


O que está escrito acima, é quase tudo a ser dito sobre o lado Escuro da Força. Agora vamos para o lado da Luz. Falaremos primeiro dos Pecados no Paraíso. Minha Praia. Meus “Primeiros Erros”. E depois o poema. O Tudo que preenche o Nada. O Todo e sua Escada. Os comensais dos Templos condessam a semente da vida em luz, a energia transmutada não se perde, os casais que se amam no beijo ardente e se olham em dimensões espirituais de carinho e superior emoção tecem com a lã do sexo a respiração que dá vida aos corpos e almas dos anjos. A Lua mostra sempre a face daquela antiga derrota humana para nós recordarmos o que é o erro. No outro lado da Lua mora o perigo, pois o convite ao abismo é tremendo, já que “os holofotes nos meus olhos cegam mais do que iluminam”. Os Pecados no Paraíso são necessários, pois na queda o ar rarefeito traz ao voo para cima os loucos que antes não podiam sair do chão. Joias da Coroa. O barco excelso me leva às primeiras águas do esquecimento, vou morrer mais uma vez, pela primeira vez. “Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez”. E poderia ser diferente? Muita bagagem na minha mente.
Já te pedi para partir. Já te pedi para ficar. A força que ergue tronos é a mesma o que os faz derrubar. Eu não sou um, sou dois. Eu não sou eu, sou ela. Sou dela. E sempre serei. O elefante que me esmagou era branco como o leite. Meu guia estava novamente errado, a droga agora é existir... há alguma droga na falta do elixir? Respirar. Santo Remédio. O Silêncio Santo Remédio. Às vezes melhor do que os benefícios do Vale do Silício. E meu coração fora arrancado de mim, a pedra filosofal jogada no lago, meu guia corre para pegá-la, e mergulha novamente no santo nome de Deus. Setenta Vezes Sete. Se lembra? S.V.S. Ele me perdoou.
Então, entendam de uma vez; “Alvorada Voraz” só para o casal adâmico. Eu e Ela. O fogo e a compreensão.
Então, entendam de uma vez; “Tempo Perdido” só para quem é Índio... e eu pude brincar no final de semana.
Dos vampiros eu tive pena. É melhor dá ao corpo o que ele quer do que prender a alma numa cela. A cela para este caso quase sempre é uma igreja. Vampiros escutem meu grito! Não há nada de errado com vocês... o escândalo é ser feliz! Um casal de homens que se amam é um casal! Mas tem que haver o amor... um casal de mulheres que se amam é um casal! Mas tem que haver o amor... vejam nisso não há nada de errado, mas não é fácil, e nem é para todos. O que vale no amor é o respeito. Ser fiel é ser honroso. Ser leal é ser carinhoso. Lutem por dignidade. Lutemos todos em sermos seres humanos melhores, e para quem quer ser santo, sopro o apito final. Afinal, nenhum santo de verdade se preocupou com a mentalidade em jugo do posteriori. Pois ele já sabia que o que se faz na fé, se faz com alegria, e o que se faz com alegria é devorado pela eternidade vivendo nos corações humanos. Melhor assim, melhor assim mesmo, mesmo sabendo o que está por vir:


“há um guarda em cada esquina
esperando o sinal
pra transformar um banho de piscina
numa batalha naval”


Homofobia. Eu tenho medo. Termas Romanas. Eu tenho medo também. Afinal somos todos filhos de Édipo Rei. E da monogamia eu tenho os genes. O charme consiste em ser inédito. Medo de brincar? Por quê? Por quem? A calada da noite te convida. E então, vai dançar até se perder no vai e vem do gozo? Ou para você é melhor parar antes e trazer a dança para o motorzinho da vontade em seu pescoço? Tinha uma cauda em você e ela sumiu. Tinha uma mágoa em você e ela ainda existe... a queratina em torno do seu entrecenho aumentou, você é um besouro teimoso, cabeça dura com ideias novas e tão avançadas, você sabe sim que para a sexualidade não tem fim nem para cima, nem para baixo... você sabe que por mais que a gente amadureça há sempre uma fruta mais alta esperando explicação.
E explicação não há... todo organismo sucumbe ao orgasmo... e o orgasmo dá vida aos organismos... nesse jogo não há vencedor... o que é da Natureza, na Natureza permanece. Eu luto contra quem sou, então eu luto contra a Natureza? Mentira... a Natureza não tem a atomística de minha identidade, eu luto apenas para amar e entender, para amar e mudar, para amar e lutar mais... pode parecer chato, mas não é. O amor é terrível. Incrivelmente dinâmico em suas forças de analogia, conservação e tradição. A tradição do amor é a senda da espada. A sua conservação é o êxtase sagrado que nos torna anjos. E suas forças têm Quatro Sustentadores principais, dois casais, que são o ‘sim’ e o ‘não’.
Você fez de tudo com ela. Mas ficou faltando algo. Você fez de tudo com elas. Mas no fundo ficou faltando algo, no sexo proibido, você quis saber o que ela sentia naquele gemido. Parabéns bebê! Bem vindo ao exército dos vampiros.
Brincar sozinho? É útil, mas o espelho sempre fica embasado. Narciso sempre foi dado às fobias sociais ele é sócio dos vampiros e o pânico é porque quando se afoga o lago cristalino, vira pântano... porém é nesse lodo que nasce os mais belos crisântemos. A vida me testa num estranho laboratório sepulcral, abandono agora o que antes já saberei que é apenas mais do mesmo, rudimento do pó em escala musical. Abandono agora, pois da concupiscência não quero dever mais nada. Agora eu sei do porquê do ódio à Mãe Divina, uma vez que vocês podem correr, mas não podem se esconder. Mas no fundo vocês são crianças e então de quem é a culpa? Você pode correr e lutar em sua corpolatria rochosa, mas no final há uma picada de cobra, então o melhor é ascender, sem arrefecer, de preferência. Você não pode se esconder de mim, então cuidado não deixem te prostituir, não deixemo-los o pipi no seu pôpô... assim nessa fila não há amor... e em cada pegada cansada nessa vida ingrata, você odeia cada vez mais os contos de fadas e até se esquece que um dia amar sonhou. No ar as partículas ionizáveis têm maior força de atração, esta é a Lei que salva e que leva à perdição.
Voltemos ao singelo prisma. Homem e Mulher é em si de Deus a chispa. Chispas podem tudo, podem contra todos, e não é talentoso quem não ama a mulher mais do que a si mesmo. E não é talentosa ela que não sabe amar sem esmolas... Oremos.
O Homem e a Mulher são o maior sonho o mais esplêndido. O Amor mais real e mais autêntico vem do anjo nascendo primevamente, enquanto o casal nasce de novo. Amor Real. Amor a única Lei. É a ela que eu entendo é somente a ela que obedeço. Hulk também percebe amiúde a paz. E paz sempre está na gente senão não vigora.
A água por dá a vida é uma substância anômala em seus estados físicos da matéria, assim como a própria vida que em si a ela se encerra. A magia é calefação. O fogo do amor é capaz de dar a ignição. O fogo não se cessa como megera da paixão, o fogo quando sobe aos olhos já abertos, faz aumento real da sinesfera sinérgica, é o abraço com as asas do anjo... seu anjo, que nos olhos dela está vendo. Primeiro se vê a mulher. A amada e o desejo. Depois se vê o amor e o sonho. O anjo é ela. O anjo é você. Não se esqueça.
Sabe onde mora aquele menino? Sabe onde é a escola dela? Um romance sem a última página é um livro aberto passado de mão em mão. Porém não se sabe se em uma dessas mãos, o livro fora guardado. Por simplesmente ser doloroso o calor da cama vazia. Fico pensando no futuro porquê... mesmo sabendo do porquê do futuro. Amar não é gran finale. Amar é sempre estar à espera do interlúdio. Fazendo o que se pode para que o tempo da ausência seja lúdico. Netos. Netas. O milagre da afeição no qual contém o avivamento da esperança humana. E antes que eu me esqueça. Casanova pede um encarte na sala principal do bar. E antes que eu me esqueça, minha sinceridade não foi doença. Foi cura. E agora me pergunto há mesmo mistério e formosura? Sim há. Há mesmo chuva no telhado me esperando? Sim há. Por acaso o consórcio dos afazeres fora quitado? Sim, e estamos todos ligados...


O pulôver vem do Filho.
O boné vem do Espírito.
Os óculos vem do Pai.

Do Filho nasce o corpo
Exuberante
Do Espírito sabemos nossa
Identidade
Do Pai escrevemos
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Leonardo Daniel
Enviado por Leonardo Daniel em 24/03/2020


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