AO PAI
Para Vicente de Paulo Miranda Borges Tal qual é acima é abaixo Sendo assim, chegou o momento Do mistério ser revelado Me dirijo a ti meu pai Com trajes limpos e pés descalços Para agradecer a vida e a educação Vida que rompendo as barreiras dos ventos Se transforma em brisa E vem tocar com alegria o véu do amor Pai, que com força de Eros unido a minha Mãe Um dia me gerou Louvado seja a criação bendito seja o amor Teu exemplo me arrastou Contra a má vontade e a preguiça Me alertou, por isso pai Sei onde vais Quando estás só E não é vergonhoso pedir socorro Pedir ajuda, para que a luta seja justa Pedir proteção, para que sejamos bons irmãos Pedir abrigo, para que o coração não esteja aflito Pai, teus olhos sábios me revelam segredos do universo Pai, teu rosto e teus beijos fazem do homem o credo Pai, aqui não há culpa somente bem aventura e imensidão Nesse ministério que é o viver Me ligo a ti jubiloso por te ter Como pai e por mais que a vida vá Sempre estarei ligado em teu ser Pai! Do fundo da minha alma Amo “você” Se rogo diretamente a ti É por sentir que no alto Nossos antepassados Tem um pai em comum E há um pai eleito para cada um E se “saber não ocupa lugar” Tenho em mim um altar Pronto pra ofertar Minha compreensão à tua lição Pai, então te pergunto Com o silêncio do meu coração Como faço para cantar aquela canção? “Você está escutando? Teatro de outro mundo! Uma voz ao longe” “Fica sempre um pouco de perfume Nas mãos que oferecem rosas Nas mãos que sabem ser generosas”
Leonardo Daniel
Enviado por Leonardo Daniel em 09/07/2010
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